quarta-feira, outubro 05, 2005

atos

então é transpassado
outro laço falho em um seio
eterno abraço vermelho,
de um vestido por vezes jogado
passos certos no zelo
e pernas perdendo compasso.

depois, olho vidrado
mãos se encontrando
corpo grudado, inundado
mentiras, desconcerto, erro
novo assunto, olhar mudado
não vê o outro, se esqueceu

enfim, já não sabe, perdeu
mudou a religião, ou...
tornou-se ateu
destruida a súbita vontade vermelha,
perdeu as letras, o veio, a rima
olhou à frente, pra voltar
e quis mais o seu.

8 comentários:

Anônimo disse...

conte-me tudo!

ficou bonito, bonito!

Yuri disse...

é incrível a capacidade subjetiva da mente, não?

dizem que é por isso que os biscoitos da sorte chineses sempre fazem sentido...

como de costume, muito bom.

apesar de que eu já achava que dessa toca não saia mais coelho...

Constanza disse...

ooh e depois do inverno.. primavera!

ficou lindolindolindo!
me deu vontade de ler de novo e denovo...
parabéns, primão camarada!!
ahaha
beijos!

Anônimo disse...

a ultima estrofe em especial.
ando meio, estranho :T

Anônimo disse...

é, cada leitura provoca uma sensação. foi diferente dessa vez. acho que gosto cada vez mais!
não preciso nem dizer que achei lindo.

Anônimo disse...

nao, meu bem?

Alice Sant'Anna disse...

obrigada pelo comentário lá no blog!
também gostei muito dos seus textos. e da sua prima constanza, é claro, que é muito querida!
beijos

Alice Sant'Anna disse...

aham, faço comunicação na puc (foi por isso que a gente se conheceu, aliás!).