Quando o último barco,
tentou me levar desta ilha
apareceste no cais do porto,
dizendo: somos só nós!
queres mesmo ir?
E eu não fui.
Mas eis que de noite,
te fostes com os piratas
criando uma ilha deserta
onde eu pudesse
morrer por ti.
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quinta-feira, outubro 23, 2008
sexta-feira, junho 06, 2008
Dionísio
Faz-me Dionísio por três segundos
Que quero-te mulher em três tempos
que deito-te e mordo-te cem vezes
sem crises, sem crime, sem textos
Faz-me Dionísio por três segundos
Faz-me Dionísio, paga pra ver
Aproveita tua superioridade Ariana
antes que voltemos à posição de dominar-te
antes que te queixes da demora
quando, o que queres, é recomeçar
Dá-me a chance de ser um Dionísio
De ser só hoje um Baco em tua boca
de dar-te, domar-te, ter-te em mil
Mas faz-me por três mil anos Dionísio
Três segundos é pouco, pra que te seja vil.
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Que quero-te mulher em três tempos
que deito-te e mordo-te cem vezes
sem crises, sem crime, sem textos
Faz-me Dionísio por três segundos
Faz-me Dionísio, paga pra ver
Aproveita tua superioridade Ariana
antes que voltemos à posição de dominar-te
antes que te queixes da demora
quando, o que queres, é recomeçar
Dá-me a chance de ser um Dionísio
De ser só hoje um Baco em tua boca
de dar-te, domar-te, ter-te em mil
Mas faz-me por três mil anos Dionísio
Três segundos é pouco, pra que te seja vil.
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segunda-feira, abril 21, 2008
e que parece até maldade
um choro só, inundou todo meu chão
não era odeon, nem lamentos, choro meu.
fui de ingênuo a vou vivendo, e não
não entendi os versos, deste choro meu.
souberam, decerto, que o chão não secou
choveu uns tantos choros, flor amorosa,
noites cariocas, assanhado, e fui melhorando
secando o chão, até que num choro baixinho
não vi a chuva caindo, voltei a lamentos
encontrei um sem-nome, avancei, triste,
apanhei-te cavaquinho, mas no descompasso,
vacilei no chão molhado, não ouvi que o choro,
virara samba, que tímido, me sorria, sem chuva.
não era odeon, nem lamentos, choro meu.
fui de ingênuo a vou vivendo, e não
não entendi os versos, deste choro meu.
souberam, decerto, que o chão não secou
choveu uns tantos choros, flor amorosa,
noites cariocas, assanhado, e fui melhorando
secando o chão, até que num choro baixinho
não vi a chuva caindo, voltei a lamentos
encontrei um sem-nome, avancei, triste,
apanhei-te cavaquinho, mas no descompasso,
vacilei no chão molhado, não ouvi que o choro,
virara samba, que tímido, me sorria, sem chuva.
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
uma letra só e ponto
mais fácil que entender o que ela pensou quando recebeu tão amáveis recados, foi descobrir as intenções nada sutis do admirador que insistia em usar o disfarce há tempos descoberto. bem, ela pouco se importou, já que o interesse era há ainda mais tempo demonstrado, e os inusitados encontros os levavam à inevitável vontade de ver um ao outro mais e mais.
ele deixou , neste texto, evidentes sinais de que - de fato - era quem ela pensava. o que a essas alturas a dá certeza de que se tratava, enfim, de uma declaração - no mínimo - de interesse.
passarão, então, a agir como se esperassem o momento ideal para o encontro não mais apenas dos olhos - que trazia os pensamentos e os desejos - mas pelo menos das palavras e do encantamento. mais tarde, a curiosidade do cheiro, a fatalidade de um toque.
tomara que ele não esteja errado. e se estiver, que não seja frustrante ou doloroso. mas se for, ele vai entender ainda mais de ficção e de disfarces há tempos descobertos.
2006
ele deixou , neste texto, evidentes sinais de que - de fato - era quem ela pensava. o que a essas alturas a dá certeza de que se tratava, enfim, de uma declaração - no mínimo - de interesse.
passarão, então, a agir como se esperassem o momento ideal para o encontro não mais apenas dos olhos - que trazia os pensamentos e os desejos - mas pelo menos das palavras e do encantamento. mais tarde, a curiosidade do cheiro, a fatalidade de um toque.
tomara que ele não esteja errado. e se estiver, que não seja frustrante ou doloroso. mas se for, ele vai entender ainda mais de ficção e de disfarces há tempos descobertos.
2006
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